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A Fundação Científica francesa Fourmentin-Guilbert lançou o I2CELL Seed Award, voltado a pesquisadores de todas as nacionalidades e com carreiras sólidas em instituições de pesquisa públicas ou privadas sem fins lucrativos. O objetivo do prêmio é incentivar abordagens experimentais que explorem o processamento algorítmico de informações em sistemas biológicos.

O vencedor do I2CELL Seed Award receberá um financiamento de 250 mil euros para desenvolver seu projeto durante três anos. O aspecto experimental da pesquisa é essencial, bem como a questão biológica a ser abordada.

Para participar do processo seletivo, o candidato deve encaminhar uma carta de intenções e uma carta de confirmação da instituição em que atua, que atestará a candidatura. A instituição deve estar localizada em um dos países listados no regulamento (o Brasil está incluído). O prazo final para candidaturas ainda será anunciado.

O I2CELL Seed Award foi criado para aprofundar o estudo do papel da informação nos sistemas vivos. Antes da candidatura, recomenda-se que os interessados leiam o artigo “Will biologists become computer scientists?” (“Os biólogos se tornarão cientistas da computação?”, em tradução livre).

Para saber mais sobre o prêmio, clique aqui.

Sobre a iniciativa I2CELL – “células como computador”

Com o propósito de formar uma comunidade de pesquisa focada nos conceitos e ferramentas de processamento de informações em biologia, a Fundação Fourmentin-Guilbert lançou a iniciativa I2CELL. A ideia surgiu a partir de um seminário realizado em fevereiro de 2018 que debateu a hipótese das células “tornarem-se” computadores.

A ideia de que os sistemas vivos podem ser compreendidos e descritos como um complexo de processamento de informações já existia antes mesmo de os primeiros computadores serem construídos. Diversos cientistas, entre Alan Turing, Erwin Schrödinger e John von Neumann, ponderaram sobre o armazenamento de informações e a possível existência de um processador lógico dentro das células vivas.

A descoberta, em 1953, da estrutura de dupla hélice do DNA forneceu a base material para essas hipóteses ao revelar como as células armazenam informações herdadas. O recente experimento bem sucedido de transplante de genoma em células hospedeiras receptoras – semelhante à transferência de software de um computador para outro – fortaleceu ainda mais a hipótese de que células vivas podem ser consideradas como Máquinas de Turing, como sugerido por Sydney Brenner, biólogo vencedor do Prêmio Nobel na categoria “Fisiologia ou Medicina”.

Saiba mais sobre a iniciativa I2CELL.

 

Fonte: Clarice Cudischevitch / Serrapilheira

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