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A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) tem desempenhado um papel central na promoção da saúde pública, e um dos seus mais recentes avanços é a ampliação do escopo do Centro Colaborador da Faculdade de Farmácia. Agora atuando também como integrante da Rede de Laboratórios de Saúde Pública de MG, esse centro oferece serviços laboratoriais especializados, em uma parceria estratégica com o Estado de Minas Gerais. Sob a coordenação do Professor Marcelo Silvério, Diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF e Presidente do Conselho Curador da Fadepe, o laboratório se consolida como um pilar para a vigilância e diagnóstico de diversas doenças.

Segundo o Professor Marcelo, a decisão de ampliar o escopo do Centro Colaborador surgiu como resposta a um chamado do Governo de Minas Gerais, que buscava descentralizar suas ações de vigilância laboratorial. “Durante a pandemia da Covid-19, fomos convidados a participar do diagnóstico da doença e, posteriormente, ampliamos para outras enfermidades respiratórias, arboviroses (dengue, zika e chikungunya) e MPOX. E essa parceria teve muito sucesso. O Estado, então, propôs a ampliação das ações”, explica ele. Dessa forma, o laboratório passará a atuar não apenas no diagnóstico molecular, mas também no controle de outras doenças como tuberculose, HIV e Hepatites, análises entomológicas e análises da qualidade da água dos município, especialmente dos serviços de saúde, para toda a macrorregião sudeste de Minas.

 

Professor Marcelo Silvério: Diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF e Presidente do Conselho Curador da Fadepe

 

Atuação em quatro grandes áreas

O laboratório irá operar com foco em quatro grandes grupos de análises laboratoriais, que impactam diretamente a saúde pública dos 94 municípios atendidos. O primeiro grupo é a rede de exames voltados para o controle de HIV e hepatites virais, monitorando a evolução da doença em pacientes já diagnosticados. O laboratório também integrará a Rede de Tuberculose, realizando diagnósticos essenciais para o controle dessa grave enfermidade, e ainda trabalhará com doenças como Doença de Chagas, Leishmaniose e Malária.

Outro campo fundamental de atuação é a análise da qualidade da água utilizada nos municípios. “O laboratório realizará análise da qualidade da água dos municípios, especialmente a utilizada nos serviços de saúde”, ressaltou Marcelo. Por fim, há os exames de entomologia, que lidam com insetos transmissores de doenças como dengue, malária, febre maculosa, entre outras, através de estudos em mosquitos, barbeiros e carrapatos.

Esses exames são executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e a UFJF figura como um parceiro fundamental na Rede de Laboratórios de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais. “Estar preparado para responder rapidamente aos desafios da saúde pública é muito importante”, afirma Marcelo. Ele explica que, ao oferecer diagnósticos ágeis, o laboratório contribui para intervenções terapêuticas mais rápidas, resultando em melhores desfechos para a saúde da população.

O papel da FADEPE no projeto

A execução de um projeto dessa magnitude só é possível graças ao apoio da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe). A Fadepe tem sido crucial para a gestão administrativa e financeira do Centro Colaborador, oferecendo agilidade nos processos que envolvem desde a aquisição de insumos e equipamentos. “O suporte da Fundação de Apoio é fundamental. Com ela na parceria, o processo torna-se muito mais ágil e dinâmico”, garante o Professor.

Ele ainda enfatiza como a Fadepe coloca tudo isso em prática: “Uma das característica do serviço público, é todo o processo “burocrático” de aquisição de materiais, insumos e pagamento de pessoal. Mas com a Fundação, temos a capacidade de receber os recursos dos entes federativos, municípios e do Estado de Minas e, consequentemente, executar o projeto com maior velocidade e com maior qualidade para o usuário”.

Expectativas futuras

O projeto, desenvolvido na Faculdade de Farmácia, teve sua pactuação com o Estado em 2023 e o início das atividades em 2024, envolve a participação de cerca de 30 pessoas, entre professores, técnicos e estudantes de graduação e pós-graduação, além de contar com o apoio do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

Marcelo comenta que, apesar de ser uma iniciativa recente, o projeto já mira o futuro. “Estamos iniciando com um quantitativo pactuado de exames, mas almejamos a ampliação da nossa estrutura física para que a gente possa, em um futuro muito próximo, ter condições de dar respostas mais efetivas e contribuir ainda mais com todo o sistema de saúde pública”, diz ele. A experiência durante a pandemia de Covid-19 foi uma lição importante para a universidade. “A pandemia nos mostrou que precisamos estar preparados para os desafios das grandes epidemias ou dos diversos problemas de saúde pública.”

A expectativa é que o Centro Colaborador continue crescendo e expandindo suas operações. “Nos preparamos para atender e cumprir os objetivos do projeto atual, mas olhando para o futuro com a ambição de ampliar nossa estrutura física e a capacidade de atendimento às demandas da sociedade”, conclui o Professor.

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